quinta-feira, 17 de julho de 2014

Será que o peso do meu bebê está normal?

A avaliação do peso de um bebê tem que ser evolutiva, ou seja, deve-se levar em conta o ganho de peso em um determinado período de tempo, e não em uma medida isolada que pode ser influenciada por fatores circunstanciais, como uma doença ou a transição para novos alimentos. Nas consultas de rotina, o pediatra sempre vai pesar a criança e estabelecer uma curva de crescimento, comparando com a estatura. Essa curva é medida por uma tabela internacional, baseada na média das medidas de crianças de várias partes do mundo. O padrão da tabela é da Organização Mundial de Saúde (OMS), a qual, de tempos em tempos, atualiza as curvas para acompanhar as mudanças físicas sofridas pelas populações. O importante para a saúde dos bebês é ter um acompanhamento médico contínuo. Procure não ficar comparando seu filho com os dos outros, já que cada criança se desenvolve do seu jeito, a seu tempo, e cada uma tem uma genética familiar própria. O pediatra vai observar se o aumento do peso do seu filho forma uma curva, mais ou menos paralela à curva da tabela da OMS. Pode ser mais para cima ou mais para baixo. Só há motivo de preocupação quando o formato da curva não segue o do padrão (como quando o peso "estaciona" por muito tempo ou quando cai, e mesmo assim dependendo do histórico de cada criança). Nesse caso, o pediatra vai avaliar como está a amamentação do bebê ou se ele já come outros alimentos, se tem uma dieta equilibrada. Também pode pedir exames para descartar outros problemas de saúde. Lembre-se de que o ganho de peso do bebê diminui bastante de velocidade a partir do primeiro aniversário.

Devo acordar o bebê de 3 em 3 horas para mamar?

A regra geral é que, se o seu bebê está se desenvolvendo normalmente, mamando bem e ganhando peso, você não precisa acordá-lo em horários rígidos só para amamentar. Pode esperar que ele desperte sozinho. Com cerca de 1 mês, o bebê já é capaz de fazer o próprio horário, é o bebê que estabelece o próprio ritmo de sono e mamada, não podemos esquecer da importância da amamentação em livre demanda, ou seja, quando se oferece o leite sempre que o bebê solicitar, sem seguir horários pré-determinados. Normalmente os recém-nascidos dormem bastante, entre 17 e 18 horas por dia nas primeiras semanas de vida e 15 horas por volta do terceiro mês. Ainda assim, eles quase nunca dormem mais que 3 ou 4 horas por vez. Isso se reflete também no padrão da amamentação. Ao final da primeira semana de vida, o bebê passa a mamar de 6 a 8 vezes por dia. Mas, se ele começar a dar umas espichadas no sono, principalmente à noite, é normal. Aproveite para descansar! Alguns (poucos!) bebês já dormem a noite toda aos 2 meses de vida. No período noturno (entre meia-noite e 6 horas da manhã), se a criança estiver ganhando peso satisfatoriamente, não é problema deixá-la dormir durante 6 horas. De dia, alguns médicos recomendam que o bebê não fique mais de 4 horas sem mamar. Se o bebê começar a dormir muito durante o dia, mais que 5 horas, por exemplo, vai dormir mal à noite. Durante o dia, entre 3 a 4 horas após a última mamada, é conveniente iniciar o ritual da próxima refeição, como a troca de fraldas, por exemplo. Como o ganho de peso varia muito de bebê para bebê nessa fase, o acompanhamento de um profissional de saúde é importante para ajudar você a saber se ele está crescendo bem. Nas consultas de rotina, o médico sempre vai pesar a criança e, se notar algo diferente, poderá recomendar a interferência no sono e ritmo de mamada do bebê. Nos primeiros dias depois do parto, siga a orientação do seu pediatra. Não é recomendado que um recém-nascido fique muito tempo em jejum, se você não souber se ele está ganhando peso direitinho. Se você notar que o seu recém-nascido está sonolento demais, é bom consultar o pediatra, pois pode ser sinal de algum problema, como hipoglicemia ou desidratação.

O bebê pode assistir Tv?

Tudo depende do tempo, da frequência e do contexto em que você deixa bebês pequenos diante das telas dos aparelhos. Se for junto da rotina da família, naquela hora que o pai chegou do trabalho e está vendo o jornal ou a mãe resolveu dar de mamar vendo a novela, não faz mal, desde que o som não seja alto demais. Segundo alguns pediatras, "ninguém deve usar a Tv como babá eletrônica, porque o bebê precisa de muitos outros estímulos de luz, cor e movimento" para desenvolver plenamente sua visão e audição, além dos da Tv. Aos 2 meses, a criança está começando a fixar o olhar, então vai encarar tudo o que puder para exercitar os olhos. No caso da televisão, a atração acaba sendo imensa devido ao brilho que o aparelho emite e aos sons que faz. E não adianta justificar horas e mais horas de dvd com aqueles vídeos especiais para bebês, porque já foi comprovado que eles não fazem ninguém ficar mais inteligente. De vez em quando, por exemplo quando você quiser tomar um banho e não houver mais ninguém em casa, não tem problema. Mas o bom mesmo é esquecer as telas sempre que possível e deixar a criança "brincando" à vontade ou simplesmente observando o mundo enquanto não consegue andar solta por aí. "Não deixe o bebê mais que 30 minutos ao dia vendo televisão, porque ele precisa de outros estímulos para crescer, não só os visuais", aconselham os pediatras.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Bichinhos de estimação

Se o seu filho ainda não pediu um animalzinho de estimação, aguarde, pois isto fatalmente acontecerá um dia. Quando os cuidados com o animalzinho de estimação são levados a sério pela família, os benefícios são inegáveis e incluem a melhora da afetividade, autonomia, responsabilidade, melhora da comunicação entre os familiares, respeito à natureza, além de outros. Os peixinhos, roedores, cães e gatos estão entre os preferidos das crianças. Quando se trata de cães e gatos, o bichinho acaba se tornando um membro da família que exige os cuidados e a atenção de uma criança e isto inclui vacinas, consultas ao veterinário, alimentação balanceada e, no caso dos cães, passeios diários. Sendo assim, ao escolher um animal de estimação é importante que se escolha um animal que a criança possa ajudar a cuidar e que seja adequado à família, à casa e ao estilo vida. É melhor aguardar a criança ter por volta de três a quatro anos para adquirir um animal de estimação pois, nesta idade, ela já adquiriu mais autonomia e habilidades motoras e é capazes de entender algumas regras sobre o relacionamento com os animais. Mas, se você quer que a criança se responsabilize e participe efetivamente dos cuidados com os animais, espere até os seis anos de idade. Ao comprar um filhote ou adotar um animal adulto, é muito importante conhecer a sua procedência. Isto evitará dissabores futuros com relação às zoonoses, que são doenças transmitidas por animais e também com relação às doenças do próprio bichinho. Se a criança é alérgica ou se há um forte histórico de alergia familiar, é melhor evitar animais como cães e, principalmente gatos, pois a descamação da pele e os pelos podem desencadear reações alérgicas na criança. Explicar à criança sobre a importância de cuidar e respeitar os animais é fundamental, mas ela aprenderá efetivamente com a experiência e com o exemplo dos adultos com os quais ela convive.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Intolerância a Lactose

O leite de vaca possui um açúcar natural, chamado lactose. O intestino humano digere este açúcar através de uma enzima chamada lactase, que quebra a lactose em partes pequenas, ajudando sua absorção. Há indivíduos que, na maioria das vezes por uma questão genética, vão perdendo a enzima lactase de seu intestino ao longo da vida, passando a ter dificuldade na digestão da lactose do leite. Conseqüentemente, sobra lactose no intestino ao ingerir alimentos lácteos, o que leva a um grande acúmulo de gases, provocando dor e distensão abdominal e até diarréia. A intolerância à lactose é menos freqüente em crianças pequenas e passa a se manifestar da fase de adolescência para a adulta. Porém, cada caso é um caso. Para se fazer o diagnóstico há exames específicos, em que a pessoa ingere lactose e são feitas dosagens sanguíneas de glicose ou é dosado o hidrogênio da respiração. O médico, então, conclui o diagnóstico e orienta a pessoa a evitar alimentos lácteos. Há pessoas com intolerância à lactose que toleram pequenas quantidades de leite sem apresentar sintomas. Outros, não toleram nada. Existem cápsulas de enzima lactase ( Lactaid,um medicamento importado, mas com preço acessível), que podem ser utilizadas antes de se ingerir algo que contenha leite. Isto poderá amenizar os sintomas de quem é intolerante e está com uma tremenda vontade de tomar um sorvete num dia de calor. Se for seu caso, comente com seu médico.

Crianças e cães: que cuidado ter?

Mesmo o cachorro mais fofo e brincalhão pode morder. A Academia Americana de Pediatria estima em 800.000 o número de vítimas de mordidas de cães por ano nos EUA, que necessitaram de cuidados médicos. Destas, 75% eram crianças. E, muitas vezes, o cachorro era da própria família ou de alguém conhecido. Crianças pequenas não devem ser deixadas sozinhas perto de cães, mesmo aqueles conhecidos. As crianças devem ser ensinadas a não provocar ou machucar os animais, mesmo de brincadeira. Quando são crianças maiores, elas devem saber como se comportar na presença de um cachorro estranho, para não serem mordidas. Aqui vão algumas dicas:

  • ensine a criança a não se aproximar de cachorros estranhos 
  • não mexa com cães que estão dormindo, comendo ou cuidando de filhotes 
  • ensine a criança a perguntar ao dono do cão se ela pode mexer nele 
  • ao mexer no cão, evite a área da face, da cabeça e do rabo 
  • não saia correndo próximo de um cão, pois ele ficará excitado e tentará pegá-lo 
  • se um cão desconhecido se aproximar, procure ficar quieto até ele sair, evitando olhar diretamente para os olhos dele 
  • evite dar cachorros para crianças menores de 4 anos de idade 
  • nunca deixe um bebê ou criança muito pequena sozinha com um cachorro 
  • se acontecer uma mordida, lave com água e sabão abundante e, no caso de mordidas grandes, procure um socorro médico.
 Se respeitarmos e agirmos com segurança, os cachorros podem ser grandes companheiros para as crianças e os adultos.

O que é escarlatina??? Saiba um pouco mais sobre esta doença

                       

A escarlatina é frequente em nosso meio e, neste ano de 2011, tem sido vista bastante, com quase ”surtos” em algumas escolas. A escarlatina é uma doença infecto-contagiosa, causada por uma bactéria chamada Streptococos do grupo A, que também causa amigdalites (infecções de garganta). Na escarlatina, a criança tem uma infecção de garganta juntamente com o corpo avermelhado. A língua fica vermelha com aparência de morango. O vermelho do corpo parece uma queimadura de sol e a pele fica áspera como uma lixa. A febre é alta e persistente e a criança fica bem prostrada. A transmissão se dá através das secreções (gotículas de saliva e secreção nasal) da pessoa infectada e a melhor maneira de evitar se contaminar é não utilizar copos e talheres de um indivíduo doente e manter suas mãos sempre lavadas. O diagnóstico é clínico, ou seja, o pediatra analisa a história e o exame físico da criança. Quando há dúvida, pode ser solicitado um exame chamado Prova Rápida para Estreptococos, em que é coletado material da garganta com um cotonete, sendo feita a análise em 30 minutos. O tratamento é feito com antibiótico e após 24 horas do início do mesmo, a criança já não é mais infectante. É importante realizar o tratamento por completo, para não haver complicações ou resistência bacteriana.

Cuidados com o órgão genital do bebê (menina)

Com um algodão úmido ou um lenço umedecido, limpe a área sempre no sentido de frente para trás, para não levar bactérias do ânus para a vagina. Pode ser que a vagina dela esteja meio inchada e vermelha, e que haja uma secreção transparente, branca ou até com um pouco de sangue. Isso é normal nas primeiras semanas, e acontece porque ela foi exposta aos seus hormônios femininos durante a gravidez. Se os sintomas persistirem depois que ela tiver um mês e meio, converse com o pediatra na consulta mensal.

Cuidados com o órgão genital do bebê (Menino)

Em princípio, não é necessário puxar a pele do prepúcio, aquela pelinha que cobre a cabeça do pênis (a glande), nas trocas do bebê. Muitas vezes essa pele fica grudada na glande, e só vai desgrudar naturalmente depois de meses ou até anos. Você pode abrir um pouco durante o banho, para limpar, mas o mais seguro é não forçar. Alguns pediatras, no entanto, acham que é bom ir puxando a pele, fazendo "exercícios" para ela se soltar, e há aqueles que recomendarão o descolamento, feito no consultório mesmo, com a realização posterior dos "exercícios" para não haver nova aderência. Mas a tendência mais atual é a de não mexer na pele. De qualquer forma, ainda será cedo para pensar em fimose, a questão da necessidade de cirurgia só deve ser abordada na época em que a criança sai da fralda. Converse bastante com o pediatra e tire suas dúvidas. Uma curiosidade: você talvez se surpreenda de ver seu bebezinho com uma ereção. Provavelmente isso não será surpresa nenhuma para seu companheiro. Bebês e crianças têm ereções espontâneas. Por isso às vezes o xixi pode vazar mais na fralda de meninos que de meninas. Não se esqueça de sempre cobrir o pênis do seu filho com uma fralda de pano dobrada ou um paninho durante as trocas de fralda, para não levar um banho de xixi. Se seu bebê fez a circuncisão (cirurgia que retira o prepúcio) logo depois de nascer, por motivos religiosos ou por recomendação médica (há especialistas que acreditam que homens circuncidados estão menos sujeitos a infecções e problemas), não é preciso nenhum cuidado especial, além da limpeza normal com água e sabonete neutro no banho e do uso de eventuais pomadas cicatrizantes ou antimicrobianas receitadas pelo médico. Por alguns dias, depois da cirurgia, o pênis pode ficar vermelho, e até apresentar uma secreção amarelada. Não é preciso se desesperar, trata-se do progresso normal da cicatrização. É raro a circuncisão (também chamada de postectomia) infeccionar, mas, se isso acontecer, os sinais serão vermelhidão intensa e persistente, inchaço e feridas amarelas com líquido. Se você perceber esses sinais, procure o médico.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Piolhos, e agora, o que fazer???

Encontrar piolho na cabeça de uma criança é bastante aflitivo para muitos pais. Principalmente quando isto nunca ocorreu antes, causando muitas vezes um pânico desnecessário. É importante entender como uma criança pega piolho e como se desenvolve a infestação no couro cabeludo, para que as medidas a serem tomadas sejam rápidas e eficazes, evitando-se utilizar o que não funciona e, talvez, até podendo piorar o problema. Os piolhos adultos costumam ter em média 2 a 3 mm de comprimento e, se estiverem em pequena quantidade no couro cabeludo, poderão passar despercebidos até que comecem a provocar coceira. Isto ocorre porque eles rastejam por entre os fios de cabelo, sendo difícil vê-los. Portanto, os piolhos não voam, nem pulam de uma cabeça para outra e a passagem se dá com o contato direto entre elas. Os piolhos fêmeas levam 3 a 4 semanas para colocarem ovos, em média 10 por dia, que grudarão nos fios de cabelo através de uma substância colante produzida pelo próprio piolho. Estes ovos incubam por aproximadamente 8 a 9 dias, liberando uma ninfa que se transformará em piolho adulto. O diagnóstico é feito através do achado das lêndeas (ovos), ou do piolho adulto. Para sobreviver, o piolho necessita de um ambiente quente, escuro e rico em alimento. No couro cabeludo há plena condição para isto. É por este motivo que os piolhos se localizam principalmente na região da nuca e atrás das orelhas, locais quentes e mais escuros da cabeça. Eles se alimentam de sangue humano e picam o couro cabeludo, que é rico em vasos sanguíneos. Quando picam, liberam uma substância anticoagulante em sua saliva, o que provoca muita coceira. As lêndeas que são achadas a mais de 1 cm de distância do couro cabeludo geralmente estão mortas. O piolho adulto não consegue sobreviver mais de 1 dia longe do couro cabeludo, em temperatura ambiente. Por este motivo, a transmissão através de pentes, escovas de cabelo, chapéus e bonés é pequena quando comparada com a transmissão direta de uma cabeça para outra, mas, mesmo assim, deve ser evitado o compartilhamento destes objetos. Portanto, o controle da transmissão deve ser direcionado principalmente para o contato direto, bem como para a redução do número de piolhos.
  O tratamento deve ser iniciado assim que se tiver certeza do diagnóstico, ou seja, a visualização do piolho ou das lêndeas. Estas últimas podem ser confundidas com caspas, poeira ou gotículas de spray de cabelo. O uso indiscriminado de medicamentos para matar piolhos tem levado a uma resistência dos mesmos, sendo mais difícil combatê-los. Os medicamentos mais utilizados são aqueles à base de Permetrina e Deltametrina, derivados da Piretrina. A Piretrina é uma substância extraída da flor do crisântemo, eficaz contra os piolhos e praticamente sem toxicidade para os humanos, porém que se degrada facilmente no seu estado natural. A partir da Piretrina desenvolveram-se artificialmente a Permetrina e a Deltametrina, que são derivados mais estáveis e eficazes. A Permetrina a 1% mata os piolhos adultos, mas não mata os ovos. Ela persiste no cabelo após alguns dias do seu uso, eliminando 30% a 40% das ninfas que eclodem dos ovos. O cabelo deve ser lavado com um shampoo comum, não se utilizando condicionador. Em seguida, deve-se aplicar o medicamento em todo o couro cabeludo, priorizando as áreas atrás das orelhas e nuca. Após massagear, deixar agir por 10 minutos e enxaguar, não utilizando-se condicionador após. Deve-se repetir a aplicação após 9 dias da primeira, para eliminar piolhos que podem ter surgido de ovos que permaneceram. Caso após a primeira aplicação restem piolhos vivos no dia seguinte, recomenda-se uma nova aplicação. A Deltametrina, tem ação semelhante à Permetrina. Também é aplicada em toda a cabeça, priorizando-se as áreas atrás das orelhas e nuca, deixando agir por 10 minutos, enxaguando-se em seguida, sem aplicar condicionador. A diferença é que deve ser utilizada por 4 dias seguidos, repetindo-se o tratamento após 7 dias. Acaba de ser aprovado nos Estados Unidos um medicamento chamado Natroba, que vem para ajudar quando a Permetrina e a Deltametrina não funcionam. Natroba é uma substância química derivada de uma bactéria que existe no solo, tendo sido descoberta por um cientista em férias na região do Caribe. Não é tóxica para humanos e tem quase o dobro da eficácia da Permetrina, quando utilizada por 10 minutos no couro cabeludo. Existe um medicamento chamado Ivermectina, que é administrado por via oral, matando os piolhos adultos. Porém, pode ser tóxico, não devendo ser utilizado em crianças com peso menor de 15 kg.
&nbsp Nos Estados Unidos seu uso não é reconhecido para tratamento de infestação por piolhos. Como os medicamentos que matam piolhos não matam 100% dos ovos, é recomendável que se removam as lêndeas próximas do couro cabeludo, para que o controle da infestação seja mais eficaz. A retirada pode ser manual ou através de um pente fino. Não se recomenda o uso de vinagre após o uso do medicamento em shampoo, pois o vinagre prejudica a ação residual do medicamento. Outras medidas importantes que devem ser adotadas quando se descobre que alguém na família está com piolhos:

  • avaliar todas as pessoas que vivem na casa, à procura de piolhos adultos vivos ou lêndeas localizadas até 1 cm do couro cabeludo; 
  • trocar as fronhas diariamente e lavá-las em água quente; 
  • lavar em água quente os objetos como pentes, escovas de cabelo, chapéus e bonés; 
  • lavar, de preferência em água quente, as roupas, toalhas e roupa de cama da pessoa acometida, e, se possível, secar em secadora ou ao sol, passando a ferro após secos; 
  • aspirar tapetes, carpetes e estofados com aspirador; 
  • os objetos que não puderem ser lavados poderão ser mantidos fechados em sacos plásticos por um período de 2 semanas, tempo suficiente para os ovos sobreviventes se transformarem em piolhos e estes morrerem de fome. 
A utilização de agentes oclusivos, que teriam o objetivo de sufocar os piolhos não têm confirmação de eficácia. Portanto, o uso de remédios caseiros como maionese, margarina, óleos vegetais e minerais, azeite de oliva, além de não tratarem o problema, ainda prorrogam e dificultam mais ainda a sua resolução. Nunca deve-se utilizar gasolina ou querosene para eliminar piolhos e a utilização de “ máquina zero” para cortar todo o cabelo, hoje em dia, felizmente já não é mais necessária.

Sintomas de gravidez

Os primeiros sinais e sintomas da gravidez surgem geralmente três semanas após a fecundação. Porém, em alguns casos, a gravidez já mostra sinais tão cedo quanto o sexto dia após a concepção. Portanto, apesar de não ser o mais habitual, é perfeitamente possível a mulher já apresentar sintomas de gravidez nos primeiros dias de gestação. Tenha em mente que muitos dos sintomas precoces da gestação podem parecer semelhantes aos desconfortos pré-menstruais que você está habituada. As mulheres que não estão tentando engravidar não ficam muito atentas aos sinais do seu corpo, e os primeiros sintomas da gravidez podem passar despercebidos, sendo confundidos com os sinais de uma menstruação a caminho.
  •  Pequeno sangramento vaginal - Uma vez fecundado o óvulo por um espermatozoide, o agora embrião percorre as trompas e se implanta na parede do útero em 6 a 12 dias. Esta implantação pode causar um pequeno sangramento uterino, que muitas vezes é confundido com uma menstruação que está para chegar. Como esse sangramento costuma ocorrer próximo ao período em que a menstruação é esperada, algumas mulheres o tratam como uma menstruação que veio fraca e nem desconfiam que este é o primeiro sinal da sua gravidez. 
A implantação do ovo no útero é apenas uma das várias causas de sangramento vaginal na gravidez. Mais de 20% das grávidas apresentam algum sangramento vaginal no primeiro trimestre de gestação. Portanto, se você está tentando engravidar e apresenta uma menstruação diferente da usual, fique atenta, pois este pode ser um sinal de gravidez inicial.
  • Cólicas ou dor abdominal - Além de um sangramento leve, a gravidez inicial pode causar algum desconforto na parte inferior do abdômen, às vezes, uma sensação de inchaço na barriga, mimetizando os sintomas que surgem dias antes da menstruação.

Durante a gravidez, o útero sofre alterações constantes, inclusive de tamanho, o que estimula o aparecimento de algumas contrações uterinas, sentidas pela mulher como cólicas. É comum também uma sensação de peso na parte inferior do ventre. Conforme a gravidez avança, leves contrações uterinas podem se tornar comuns, que é uma espécie de treino do útero para quando chegar a hora de contrair de verdade durante o trabalho de parto. Estes incômodos e cólicas do início da gravidez, quando associados a um sangramento vaginal, pode muito bem enganar as grávidas, fazendo-as pensar que menstruaram. Atenção: tanto as cólicas quanto o sangramento vaginal nas fases inicias da gravidez costumam ser muito menos intensos do que aqueles que ocorrem na menstruação de verdade.

  • Atraso menstrual - O atraso da menstruação é o sinal clássico de gravidez. É geralmente o sinal que faz com que a mulher procure fazer um teste para saber se está grávida. Todavia, nem todas as mulheres sentem facilidade em reconhecer este sintoma de gravidez.
 Algumas mulheres têm ciclos menstruais muito irregulares, apresentando, inclusive, períodos de anovulação (não ovulam durante um determinado mês), fazendo com que haja quase dois meses entre uma menstruação e outra. Além disso, como explicado acima, o sangramento vaginal no iníco da gravidez não é um evento raro, fazendo com que a interrupção da menstruação não seja imediatamente identificada. É importante ressaltar que a menstruação pode atrasar por vários outros motivos que não uma gravidez, entre eles, estresse, infecções, troca de anticoncepcional, alterações no peso, cansaço e a  própria expectativa pela menstruação, quando a mulher não quer de jeito nenhum engravidar, mas se descuidou tendo relações sexuais desprotegidas, pode causar um atraso menstrual.

  • Aumento dos seios / aumento das mamas - Outro sinal típico de gravidez, o aumento das mamas pode surgir com apenas uma ou duas semanas de gestação. Além de maiores, as grávidas podem sentir os seios mais sensíveis e com sensação de inchaço. Às vezes, o simples ato de tocar nos seios ou vestir o sutiã torna-se incômodo.

O aumento dos seios ocorre por alterações hormonais que promovem a estimulação das glândulas mamárias, preparando-as para o período de amamentação que virá nos próximos meses. Em algumas mulheres, estas alterações ocorrem precocemente, enquanto outras só notam alterações nas mamas após passadas várias semanas de gravidez.

  • Alterações na aparência dos seios - Além do aumento de volume, os hormônios produzidos na gravidez fazem as mamas das grávidas mudar de aparência. É comum haver escurecimento dos mamilos e aparecimento de veias ao redor dos seios. Estas alterações duram até o fim da amamentação. 
  • Náuseas e vômitos - As náuseas e vômitos da gravidez costumam surgir entre a 6ª e a 12ª semana de gestação. Entretanto, há mulheres que apresentam estes sintomas já na 2ª ou 3ª semana de gravidez. 
Náuseas e vômitos são sintomas típicos do primeiro trimestre de gravidez e tendem a desparecer no segundo trimestre. Em alguns casos, os enjoos da gravidez são tão intensos que a mulher não consegue nem se alimentar. Casos graves, com necessidade de apoio médico, são chamados de hiperemese gravídica.
  • Constipação intestinal / prisão de ventre - O aumento da produção do hormônio progesterona na gravidez faz com que alguns órgãos e tecidos do corpo fiquem mais “frouxos” ou “relaxados”. Isso ocorre de forma a facilitar a grande expansão de volume do útero que está por vir. Um dos órgãos que sofre esta ação são os intestinos, que ficam com menor capacidade de contrair, tendo mais dificuldade de manter o transito intestinal normal. Portanto, um sintoma de gravidez pouco comentado é a constipação intestinal (prisão de ventre). 
  • Inchaço abdominal / barriga inchada - Você jurava que até a semana passada cabia naquela calça jeans super justa, e agora, de repente, a calça já não fecha mais na barriga. Mesmo quando o feto ainda é muito pequeno para causar expansão do útero, algumas mulheres podem notar um certo inchaço na região abdominal, que ocorre já como preparação do corpo para suportar o crescimento uterino. Esse inchaço é outro sintoma que pode ser confundido com os sintomas pré-menstruais.
  • Cansaço e sono excessivo - Uma sensação de cansaço desproporcional às suas atividades diárias é um sintoma de gravidez muito comum. Esta fadiga pode surgir com apenas uma semana de gestação. Se você já tem uma rotina cansativa durante o dia, ela pode se tornar exaustiva. Aumento do sono também é muito comum. 
O seu corpo dá sinais de que precisa descansar com mais frequência. Você pode começar a querer ir para a cama mais cedo e ter mais dificuldade do que o habitual para acordar pela manhã. Durante o dia, uma boa soneca parece ser tudo o que você mais deseja. O cansaço também é um sintoma do início da gravidez que habitualmente desaparece no segundo trimestre.

  • Vontade frequente de urinar - Após cerca de seis semanas de gravidez, a grávida começa a sentir vontade de urinar com maior frequência. Estas viagens ao banheiro podem ocorrer, inclusive, durante a madrugada, atrapalhando o sono da gestante. 
Nas primeiras semanas o aumento da urina ocorre por redução da capacidade da bexiga se esvaziar completamente, devido ao relaxamento provocado pelos hormônios da gravidez. No final da gravidez, o feto muito grande comprime a bexiga, reduzindo sua capacidade de armazenamento e fazendo com que pequenos volumes já desencadeiem vontade de urinar. O aumento da frequência urinária é um sintoma de gravidez que surge precocemente, ocorre em praticamente 100% das grávidas e que, infelizmente, dura até o final da gestação. É importante notar que se o aumento na frequência urinária vier acompanhada de urina mais escura e/ou ardência para urinar, uma infecção urinária pode ser a causa.

  • Desejos alimentares - O desejo por certas comidas nas primeiras semanas de gestação é um dos sintomas mais clichés da gravidez. O desejo por alguns alimentos pode até fazer mulheres vegetarianas sentirem vontade de comer hambúrguer. Do mesmo modo que surgem desejos, as grávidas também podem apresentar aversões a certas comidas e/ou cheiros. Aquele restaurante japonês que você adora, durante uma gravidez pode lhe causar náuseas só de passar pela porta.
  • Alterações do paladar e do olfato - Além de ter desejos e aversões alimentares, a mudança de paladar é um outro sintoma muito comum de gravidez. Doces podem ser tornar demasiadamente doces, o café que você adora passa a ter um sabor esquisito e durante o dia você pode sentir um gosto de metal na boca sem nenhum motivo aparente.
  • Aversão a odores fortes - Assim como alguns alimentos causam enjoos nas primeiras semanas de gravidez, odores intensos, mesmo que agradáveis, como os de perfumes ou comidas, podem fazer você se sentir enjoada. 
Odores ruins ou muito fortes, como fumaça de cigarro, gasolina, álcool, produtos de limpeza, etc., causam o mesmo efeito. Um sintoma comum de gravidez é uma maior sensibilidade do olfato. A gestante refere a sensação de ter desenvolvido uma super olfato. Odores que passavam despercebidos ou não incomodavam, agora se tornam insuportáveis.

  • Eliminação frequente de gases - Algumas mulheres experimentam um aumento dos gases intestinais nas primeiras semanas de gravidez. Este pode ser um sintoma embaraçoso nos casos em que a gestante precisa ficar horas presa dentro de um escritório ou sala com outras pessoas. Há aumento na necessidade de arrotar e de soltar flatos (pum). 
  • Tonturas - Tonturas é um dos daqueles clássicos sintomas de gravidez que aparecem em todos os filmes quando a personagem fica grávida.
 Os hormônios da gravidez provocam diversas alterações no organismo da mulher, que realmente podem provocar tonturas, entre elas estão a queda da pressão arterial, redução do níveis de açúcar no sangue, anemia, aumento da frequência respiratória (que pode levar a uma hiperventilação durante um esforço físico), alimentação insuficiente devido aos enjoos, etc. Em fases mais avançadas da gravidez, o útero grande, principalmente quando a mulher está deitada de barriga para cima, pode comprimir a veia cava, reduzindo o volume de sangue que chega ao coração. Por isso, as grávidas devem sempre dormir de lado.

  • Variações do humor - Outro sintoma de gravidez que todo mundo já viu em filmes. A grávida pode chorar até quando vê comercial de televisão. 

Coisas pequenas podem ganhar uma relevância desproporcional. Variações súbitas de humor também são comuns, a grávida pode ir da alergia à tristeza ou da simpatia a explosões de mau humor com pessoas próximas de uma hora para outra. Há casos de grávidas que até demissão do emprego pedem.

  • Dor de cabeça - Alterações hormonais, relaxamento dos vasos sanguíneos e alterações do fluxo sanguíneo cerebral explicam por que algumas grávidas passam a ter dor de cabeça durante a gestação. O estresse e o cansaço também contribuem. A dor de cabeça é um sintoma que costuma surgir já nas primeiras semanas de gravidez. 
  • Dor lombar / dor nas costas - O excesso de peso que a grávida tem que carregar na barriga por meses é a principal causa das suas dores lombares. Porém, a dor lombar pode surgir precocemente, antes do bebê estar muito pesado.
 A progesterona causa um relaxamento da musculatura e dos ligamentos de várias partes do corpo, incluindo das costas e abdômen, fazendo com que a grávida altere sua postura e tenha dificuldades de lidar com o próprio peso.

  • Acne, cravos e espinhas - Alterações hormonais podem fazer com que algumas grávidas desenvolvam acne ou apresentem agravamento da acne que já possuíam antes. No sexo feminino, acne está muito relacionada a desbalanços dos hormônios sexuais, que provocam aumento da oleosidade da pele. A acne na gravidez pode ser leve ou grave e pode surgir em qualquer momento da gestação.
  • Corrimento vaginal - O surgimento de corrimento vaginal ou intensificação do seu corrimento habitual são sintomas normais na gravidez. Em geral, o corrimento da gravidez é igual ao corrimento fisiológico que algumas mulheres têm, sendo este espesso, leitoso ou transparente, e sem odor. 
Os sinais e sintomas de gravidez descritos acima sugerem a existência de uma gestação em curso, mas de modo algum servem para confirmá-la ou descartá-la. Algumas mulheres apresentam apenas um ou dois sintomas inicias de gravidez, enquanto outras podem apresentar quase todos os sintomas descritos acima. Nenhum dos sinais ou sintomas expostos neste post é exclusivo de gravidez. Várias outras doenças ou condições podem provocar sintomas semelhantes. Portanto, o diagnóstico definitivo deve ser obtido através da dosagem do BhCH, seja ele na urina ou no sangue.

Resfriados e suas complicações

    Estamos no final do outono e início do inverno. Para muitos, uma estação gostosa, sem muito calor ou frio, sem muita chuva. Mas, para quem tem criança pequena, pode ser um terror. Isto porque, com a baixa umidade característica desta época e as variações de temperatura constantes, o número de vírus circulantes é enorme. E a criançada sai de um resfriado e entra em outro, como se fosse um ciclo interminável, agravado pelo convívio bastante próximo nas escolinhas e berçários. Há mais de 100 tipos de vírus que causam o resfriado comum, além de uma constante mutação destes vírus, o que nos proporciona sempre novidades todos os anos. Por este motivo, até mesmo os adultos, que têm bastante imunidade, acabam pegando um ou dois resfriados por ano também. Um resfriado costuma durar por volta de uma semana. Pode vir com coriza, tosse, lacrimejamento, mal estar e febre (temperatura> 37,5ºC). É muito importante lembrar que a febre do resfriado não costuma durar mais do que 72 horas. Febre que dura mais do que 72 horas pode ser uma complicação do resfriado. E resfriado que dura mais de uma semana, não é mais resfriado, pode ser uma complicação.
  Mas, afinal, o que são estas complicações? Os vírus que causam os resfriados levam a uma produção maior de secreção, com catarro que fica acumulado nas vias aéreas. Este catarro é um meio excelente para a proliferação de bactérias que normalmente habitam as vias aéreas. As bactérias se multiplicam e causam uma segunda infecção, desta vez, bacteriana. As infecções bacterianas mais comuns que complicam um resfriado são: as sinusites, as otites médias, as amigdalites e as pneumonias.


Sinusites

Ao redor do nariz há várias cavidades chamadas seios da face. Essas cavidades se comunicam por dentro do nariz, pois são cheias do ar que respiramos. Elas são revestidas da mesma mucosa respiratória que reveste o nariz. Quando aumenta a produção de muco, as cavidades se enchem dessa secreção e bactérias acabam proliferando neste local. Nessa hora, temos uma sinusite. A sinusite na criança costuma levar a muita tosse com catarro, principalmente quando a criança deita. Em crianças pequenas é raro haver dor de cabeça, porque o catarro não fica preso nos seios da face, como nas crianças maiores e adultos. Por este motivo há tanta tosse, sem dor. O catarro escorre pela garganta, produzindo mau hálito. Outro sinal de infecção bacteriana de seios da face é a saída de secreção amarelada ou esverdeada pelo canal lacrimal. Esta situação é diferente da conjuntivite, porque o olho não fica vermelho, só há secreção transbordando.


Otites médias

Os ouvidos se comunicam com as cavidades nasais através das tubas auditivas. No bebê, a anatomia da face faz com que estas tubas auditivas sejam mais horizontais do que nas crianças maiores e nos adultos. Quando a criança fica resfriada e acumula uma grande quantidade de catarro, esta secreção acaba chegando aos ouvidos médios, com o favorecimento da proliferação de bactérias e a instalação de uma infecção de ouvido, a otite média aguda. Nessa hora, a criança passa a ter febre, fica mais irritada, muitas vezes recusa a alimentação, pois tem dor de ouvido quando engole.


Amigdalites

As amígdalas são órgãos de defesa que ficam nas laterais da entrada da garganta. São órgãos que, durante o primeiro ano de vida costumam ser pequenos e, com o crescimento da criança, aumentam de tamanho e passam a exercer um importante papel de defesa. As amígdalas podem ser infectadas por vírus durante um resfriado, juntamente com a mucosa respiratória. Mas, principalmente em crianças maiores de um ano, pode ocorrer uma infecção secundária na amígdala, que é a amigdalite bacteriana. Ela se caracteriza por febre bem alta e persistente, com muita prostração e inapetência. Lembrando: crianças menores de um ano não costumam ter amigdalites bacterianas. Nesta idade a maioria das amigdalites é causada por vírus.


PneumoniasHá situações em que a infecção por vírus acaba atingindo também as vias aéreas inferiores, com o acometimento dos pulmões. Com o acúmulo de secreções e a proliferação bacteriana no local, instala-se uma pneumonia. Nessa hora, a criança costuma estar prostrada, com respiração mais rápida ou ofegante, com tosse sem parar, diurna e noturna, com febre que passa de três dias. A criança tem aspecto doente, mesmo sem febre e costuma ficar quietinha, sem brincar e recusa a alimentação. Esta situação merece uma avaliação imediata.

Menstruação x Gravidez

Os primeiros sintomas da gravidez podem ser muito pouco específicos, parecendo-se bastante com os sintomas pré-menstruais. É possível, inclusive, que a gestante nos primeiros dias de gravidez apresente sangramento vaginal, fazendo com que a mesma ache que menstruou. Não é incomum encontrarmos casos de mulheres que só descobrem estar grávidas após 3 ou 4 meses de gestação, simplesmente porque confundiram os sintomas inicias de gravidez e pequenos sangramentos vaginais com os seus sintomas pré-menstruais e com a menstruação propriamente dita. Neste post vamos tentar mostrar as diferenças entre os sintomas de gravidez e menstruação.

É possível menstruar estando grávida? Não, a gestante pode apresentar sangramentos vaginais durante a gravidez, mas tecnicamente ela não menstrua.

Por que o sangramento da gestante não pode ser considerado menstruação? Durante o ciclo menstrual, as células da parede do útero (chamada endométrio) se proliferam, fazendo com que o útero fique mais espesso e com camadas altamente vascularizadas. O endométrio se expande para se tornar um local propício para receber um óvulo fecundado e iniciar uma gravidez. Se a mulher ovula e esse óvulo não é fecundado, o estímulo para a expansão e manutenção desta espessa parede uterina desaparece, fazendo com que todo esse tecido que cresceu durante toda a primeira metade do ciclo menstrual pare de receber suprimentos de sangue e acabe por desabar. A menstruação, portanto, não é exatamente uma perda de sangue, mas sim a eliminação de tecido uterino junto com vasos sanguíneos e coágulos. Durante a gravidez, a parede do útero não desaba, caso contrário, o feto seria levado junto, caracterizando um abortamento. Logo, qualquer sangramento que ocorra na gravidez não pode ser considerado menstruação.

Quais são as causas de sangramento no início da gravidez que podem ser confundidas com menstruação? Entre 20 a 40% das gestantes apresentam pelo menos um episódio de sangramento vaginal durante o primeiro trimestre de gravidez. As causas são várias, incluindo implantação do ovo (óvulo fecundado) no útero, variações hormonais, lesões ou feridas na vulva, vagina ou útero, abortamento, ameaça de abortamento, gravidez ectópica, etc.

A principal dica é uma alteração das características habituais e do tempo de sangramento menstrual. Se você está em idade fértil, teve relações sexuais recentemente sem a devida proteção anticoncepcional (seja camisinha, pílula ou qualquer outro método contraceptivo) e apresentou um sangramento vaginal diferente daquele que está habituada a ver, isso pode ser um sinal de gravidez. Os sangramentos da gravidez costumam ser vermelho vivo, exceto em casos como gravidez ectópica e abortamento completo, quando o sangramento é mais escurecido. De qualquer modo, as características do sangue costumam ser bem diferentes da menstruação.

É fácil distinguir uma menstruação de um sangramento vaginal durante a gravidez? Nem sempre, principalmente se a mulher ainda não sabe que está grávida. As características do sangramento menstrual são diferentes de mulher para mulher. Há aquelas que têm um fluxo menstrual pequeno e de curta duração, que pode se parecer com sangramentos que ocorrem durante a fase inicial da gravidez. Portanto, não é incomum encontrar casos de mulheres que sangram durante os primeiros meses de gestação e acham que estão a menstruar normalmente.

Três questões devem ser levadas em conta na hora de distinguir sangramentos vaginais:

  • o sangramento está vindo na data esperada da menstruação? 
  • o sangramento tem a mesma duração e volume habituais da menstruação? 
  • as características do sangue são semelhantes às da menstruação? 
Se você respondeu sim para pelo menos 2 das 3 perguntas, a chance de ser apenas menstruação é bem grande. Alguns sintomas pré-menstruais, como cólicas, retenção de líquido, aumento dos seios, varição do humor e outros, podem ocorrer tanto em uma gestação inicial como no período pré-menstrual. A dica aqui é a mesma usada para distinguir os sangramentos: comparar as caraterísticas dos sintomas. Habitualmente, os sintomas da gravidez podem ser parecidos, mas não são iguais aos do período pré-menstrual. Os médicos costumamos brincar dizendo que um dos sintomas de gravidez é o sexto sentido feminino dizer para a mulher que ela pode estar grávida. Quando a mulher acha que há algo de diferente no seu padrão menstrual ou nos sintomas pré-menstruais, a não ser que ela não tenha tido relações sexuais recentemente, o ideal é sempre fazer um teste de gravidez para tirar a dúvida, principalmente se a menstruação estiver atrasada.

Menstruação atrasada é sempre sinal de gravidez? Não. Se por um lado, toda gravidez obrigatoriamente causa atraso menstrual, o oposto não é verdadeiro. Nem todo atraso menstrual é sinônimo de gestação em curso. Há várias causas para o atraso menstrual, incluindo estresse emocional. Portanto, se a sua menstruação atrasou alguns dias, podem haver outras explicações que não uma gravidez. Porém, toda mulher sexualmente ativa com atraso menstrual maior que uma semana deve fazer um teste de gravidez para descartar uma gestação. Tentar saber somente pelos sintomas se você está grávida ou não costuma ser muito pouco eficiente. O correto a se fazer é o seguinte: se a sua menstruação atrasou e você suspeita que possa estar grávida (mesmo que a suspeita seja bem ligeira), faça o teste de gravidez. Com pelo menos uma semana de atraso menstrual, a maioria dos testes tem uma taxa de acerto elevadíssima.

A vantagem de um cérebro bilingüe

A neurocientista Dra. Ellen Bialystok, da Universidade York em Toronto, Canadá, passou quase 40 anos estudando como o bilingüismo aguça a mente. Seu trabalho foi reconhecido, com o prêmio Killam, de US$100mil, por suas contribuições à ciência. Todos os cérebros possuem um sistema de controle executivo. Este sistema mantém o indivíduo com foco no que é relevante, ignorando as distrações. Além disto, ele permite que a pessoa mantenha duas coisas diferentes na cabeça, pense em uma delas e troque para a outra quando necessário. A Dra. Ellen demonstrou em seu estudo, que o cérebro de bilíngües tem este sistema mais desenvolvido. Isto ocorre porque, se o indivíduo sabe duas línguas e as exercita regularmente, cada vez que ele fala, ambas as linguagens aparecem e o sistema executivo escolhe o que é relevante no momento. Também foi comprovado neste estudo, que bilíngües se saem melhor em multitarefas, pois, para tal, há ação direta do controle executivo cerebral. Através de técnicas avançadas de neuroimagem concluiu-se que as conexões cerebrais dos que falam uma única língua e dos bilíngües são diferentes e, para resolver um determinado problema, são usados sistemas diferentes no cérebro. No caso dos bilíngües, a neuroimagem mostra que os centros da linguagem são utilizados mesmo para resolver problemas não verbais, o que os torna mais rápidos. Por fim, o estudo da Dra. Ellen se estendeu a 400 pacientes com Doença de Alzheimer e, em média, observou-se que a doença apareceu cinco a seis anos mais tarde em pacientes que eram bilíngües do que naqueles que falavam uma única língua. Isto não quer dizer que os bilíngües não têm Alzheimer, mas sim que até que a doença se infiltre em seus cérebros, eles podem lidar com a doença por mais tempo.

domingo, 15 de junho de 2014

Como aumentar o leite

Praticamente todas as mães recentes passam por algum período em que questionam se estão produzindo leite o suficiente para seus bebês. Isso acontece principalmente no comecinho, quando ela e o bebê estão se adaptando ao processo do aleitamento. Para a maioria dos especialistas, é muito raro a mulher não produzir leite suficiente, e o leite nunca é "fraco". As vezes se tem a falsa impressão de que o leite não está sendo produzido em quantidade suficiente. Essa impressão, alimentada pela insegurança tão comum nessa fase, aparece quando a mulher para de sentir o peito enchendo, ou quando o leite para de vazar. Na verdade, esses são sinais naturais de que o corpo se adaptou à demanda por leite do bebê. A criança também passa por estirões em que tem mais fome e mama mais que o normal, e isso pode fazer a mãe achar que não está oferecendo leite suficiente. E há bebês que são super eficientes quando mamam, 5 minutos em cada peito já bastam, e as mães ficam achando que eles estão parando rápido porque elas é que não tem leite. Isso sem contar que todo bebê chora, e nem sempre é de fome. É muito possível que o bebê esteja chorando por outro motivo que não a fome. Existem casos em que a mãe não produz todo o leite que poderia produzir, mas na grande maioria dessas situações o problema é contornável. Apenas cerca de 2% das mães têm dificuldades físicas para produzir a quantidade ideal de leite.
        Para grande parte das mulheres, o problema está na "entrega" do leite e não na produção. Elas produzem bastante leite, mas, como o bebê não está pegando o seio direito, não recebe a quantidade de que precisa. O corpo produz leite à medida que o bebê solicita. Quanto mais ele mamar, mais leite você irá produzir. A produção de leite pode diminuir temporariamente  pelos seguintes motivos:

  • você está com os mamilos machucados e doloridos, e amamentar está doendo.
  • o bebê está muito sonolento e precisa de incentivo para mamar.
  • o bebê pode estar usando chupeta por muito tempo, reduzindo a duração das mamadas.
  • seu corpo não se adaptou a uma rotina rígida de horários (de 4 em 4 horas, por exemplo) para a amamentação; tente trocar para o sistema de livre demanda, ou seja, ofereça o seio ao bebê sempre que ele pedir, sem se preocupar com o horário.

Algumas mulheres podem ter fatores físicos que atrapalhem a produção de leite, como problemas hormonais ou histórico de cirurgia de redução de seios (os implantes de silicone não costumam atrapalhar a amamentação, exceto em casos raros). Mesmo quando há problemas físicos, vale a pena insistir, para que o bebê aproveite ao máximo todos os benefícios do leite materno. Se você não estiver produzindo leite para dar conta da demanda do bebê, tente as seguintes técnicas:

  • deixe o bebê mamar sempre que ele quiser, e por quanto tempo ele quiser. Ofereça os dois seios a cada mamada.
  • evite ao máximo o uso de chupeta, para que ele passe bastante tempo sugando e estimulando o seio.
  • não complete a amamentação com fórmulas de leite, a não ser em último caso, sob orientação médica. Se você matar a fome dele com a fórmula, ele não vai exigir tanto de suas mamas, e sua produção de leite vai diminuir mais ainda.
  • invista em conseguir que o bebê faça uma boa pega no seio, ou seja, abocanhe a aréola inteira. Para isso, procure a ajuda de especialistas em amamentação, na maternidade onde deu a luz ou no bando de leite mais próximo.
  • beba bastante água. A hidratação é importante para a produção de leite. Se a sua urina estiver bem clarinha, é sinal de que você está tomando água suficiente.
  • tente tirar mais leite entre as mamadas. Quando o seio se esvazia totalmente, a produção de leite é estimulada. Você pode guardar esse leite para dias em que o bebê parecer estar com mais fome.

Nas primeiras semanas, talvez você precise acordar seu filho para que ele mame com mais frequência. Isso vai estimular seus seios a produzir mais leite. Se você estiver com dificuldade de acordá-lo, ou se ele não estiver mamando bem, você pode ordenhar o colostro ou o leite e dar a ele por outra via (usando um copinho, uma colher ou a mamadeira). A ordenha estimulará suas mamas a produzir mais leite, e seu bebê receberá os nutrientes de que precisa. Depois dessa fase inicial, o bebê já deve ficar mais tempo acordado, e não deve ser mais tão difícil mantê-lo interessado na mamada. Se seu filho continuar precisando de estímulo para mamar depois do fim do primeiro mês, há duas possibilidades: ou ele não está pegando o seio direito ou está com algum problema. Em ambos os casos, o melhor a fazer é conversar com o pediatra.

O que levar para a maternidade?

A pergunta que não se cala, o que levar para a maternidade???
Antes de mais nada, é interessante que a bolsa tanto da mamãe quanto a do bebê sejam preparadas desde o 7º mês de gestação. Vai que o bebê resolve nascer antes da hora?? Abaixo seguem algumas dicas...

Bolsa da Mamãe:
1 pacote de absorvente próprio para o pós-parto
1 par de chinelos para ser usado dentro do quarto
3 jogos de camisolas que sejam de fácil manejo na hora de amamentar
6 calcinhas de tamanho maior do que as que usava antes da gravidez
1 cinta pós-parto
1 roupa para o dia de alta
3 sutiãs de amamentação
protetores de seios
produtos para higiene pessoal, tais como: escova e creme dental, sabonete, shampoo, escova ou pente para cabelo, toalha, etc...

Não se deve esquecer de levar seus documentos (RG da paciente, carteira de convênio (caso tenha um, o hospital exige na internação), CPF e RG do marido ou acompanhante, guia de internação (informe-se junto ao seu convênio se pode ser fornecida antes do parto, pois facilita muito no momento de internar).).

Bolsa do Bebê:
1 creme para prevenção de assaduras
1 pacote de fralda descartável tamanho RN
3 conjuntos pagão com calça
3 conjuntos de lã (de acordo com o clima)
3 macacões de recém-nascido
2 lençóis de berço
1 manta (conforme a estação)
6 fraldas de pano brancas (sem pinturas ou desenhos)
1 escovinha macia para cabelo
2 sapatinhos e luvinhas de lã (se estiver frio)
1 pacote de lenço umedecido
sabonete e toalha de banho.


Obs: Este é o mínimo, fica a critério de cada um o que desejar levar a mais ou a menos.

O que comprar para o enxoval do bebê?

Olá, hoje vou dar algumas dicas do que comprar para o enxoval do seu bebê!

Para o enxoval:
4-conjuntos de camisas pagão
5-macacões com manga
5-macacões sem manga
5-macacões de sol (caso o bebê vá nascer no verão)
4-camisetas
4-conjuntos de lã (macacão, casaco, toca, sapatinhos, luvinhas.....)
2-casaquinhos
3-pares de meias
3-pares de luvas
3-babadores
2-mantas de lã
2-mantas de linha ou algodão
1-cobertor
1-cueiro
4-jogos de lençóis e fronhas
2-colchas
1-jogo de protetor de berço
1-travesseiro
1 dúzia de fraldas de pano (estas servirão de apoio na troca de fraldas, nas mamadas e alimentação, etc...)

Para a troca e banho:
3-toalhas felpudas
3-toalhas fraldas
6-pacotes de fraldas descartáveis tamanho RN
6-pacotes de fraldas descartáveis tamanho P
1-creme para prevenir assaduras
1-fita crepe (caso a fralda descartável apresente algum problema no adesivo)
1-caixa de hastes flexíveis com pontas de algodão (o famoso cotonete)
1-escova macia para cabelos
1-pente
1-tesourinha romba (para cortas as unhas do bebê. Caso prefira, opte por um cortador de unhas próprio para bebês)
1-garrafa de álcool 70%
2-pacotes de algodão em forma de bolinhas
1-pacote de lenços umedecidos
1-garrafa térmica para água morna (ajuda na hora da higiene do bebê)
1-sabonete neutro (pode ser em barra ou líquido. Vai a sua escolha)
1-shampoo
1-termômetro (para medir a temperatura da água na banheira)
1-lixeira com ou sem pedal (fica a seu critério)
1-porta roupas sujas
1-trocador
1-banheira


Lembrando que a lista acima é apenas uma dica, fica a seu critério a modificação, inclusão ou exclusão de qualquer item.

Posso dar água para o bebê?

Um bebê pequenininho não precisa tomar água. Até os 6 meses não se deve dar água para bebês que mamam no peito. O leite materno, além de todas as suas qualidades conhecidas, tem o teor de sais minerais inferior as fórmulas lácteas, o que o torna suficiente para uma boa hidratação, sem necessidade de água adicional. Nos dias mais quentes, o que ocorre é que aumenta a necessidade de o bebê mamar mais vezes e, como consequência, a mãe precisa ingerir uma quantidade bem maior de água. Já para os bebês que mamam fórmula, as opiniões dos especialistas são divergentes. Há quem defenda que a água com que se prepara a fórmula já é suficiente. Outros, porém, lembram que algumas fórmulas podem conter sódio (sal), e por isso vale a pena dar um pouco de água, especialmente se estiver muito calor.
       Bebês de menos de 6 meses têm estômago pequeno. A água pode acabar ocupando o lugar do leite pois pode saciar a criança. Além disso, o excesso de água (inclusive diluindo demais a fórmula em pó, quando se coloca mais água que o recomendado na embalagem) pode atrapalhara digestão. Em algumas situações (como quando o bebê fica vomitando sem parar), o médico pode recomendar que você dê um preparado especial para evitar a desidratação, como o soro caseiro ou soluções reidratantes vendidas em farmácias. Antes de começar a dar água ao bebê de menos de 6 meses, converse com o pediatra. Lembre-se de que a água precisa ser filtrada, fervida e resfriada.
       Quando a criança faz 1 ano, você pode liberar a água. Ela já tem a alimentação parecida com a de um adulto e pode tomar água o quanto quiser. Dê bastante água nos dias quentes e secos para evitar a desidratação, e também, sempre que ela estiver com febre. Mas se você notar que seu filho bebe muita água antes das refeições e depois não come nada, é melhor permitir só um pouco antes da comida e o resto depois.

Como evitar que o bebê engasgue enquanto mama

A primeira coisa a se ter em mente é que o bebê não vai se sufocar com o leite da mãe, mesmo se tossir ou engasgar enquanto mama. Não se desespere, confie na capacidade que seu filho tem, mesmo pequenininho, de se desengasgar por conta própria (tossir é o meio que ele tem para isso). Às vezes tem que dar uma pausa, esperar um pouquinho ou ajeitar a posição da amamentação. Em geral, não é necessário ficar tirando o leite com a mão (ou aparelho extrator de leite) com medo de que seja demais para o bebê. Só precisa esvaziar antes se o seio estiver ingurgitado, tornando difícil a pega correta, que fica mais fácil com o seio mais vazio. O mesmo vale para quando as mães têm um volume de leite muito grande e os bebês acabam ficando quase sem fôlego de tanto sugar. Aí é bom também tirar um pouco de leite antes de amamentar para facilitar a vida da criança.

O que fazer quando o bebê não dorme durante o dia?

Cada criança tem seu próprio padrão de sono. Alguns bebês dormem mais durante o dia, outros mais à noite. Quase todos os bebês, no entanto, tiram sonecas diurnas. Os mais novinhos costumam tirar três sonecas por dia, embora alguns acabem tirando duas mais longas. Depois de um ano, muitas crianças só fazem um soninho diurno por dia.
Veja algumas dicas:

  • a rotina leva as crianças a saber o que esperar, e previsibilidade é algo vital quando elas são pequenas. Ela também ajuda você a entender melhor em qual horário seu filho geralmente fica cansado, com fome ou querendo brincar. Não é preciso ser rígida e seguir um horário exato, mas o fato de fazer algumas coisas mais ou menos na mesma hora, todos os dias, pode facilitar sua vida e a de seu filho também.
  • o ideal é que o lugar da soneca seja o mesmo do sono da noite, assim ele vai associar o ato de dormir a um mesmo local. Claro que, se você estiver a caminho de algum lugar, o bebê pode dormir na cadeirinha do carro ou no carrinho. Caso seu filho frequente um berçário ou a creche, procure, então, colocá-lo sempre no mesmo local para dormir nos momentos em que ele estiver em casa.
  • reserve um tempo para o bebê antes da soneca, da mesma forma que você faz antes de colocá-lo para dormir à noite. Feche as cortinas, leia um livro ou cante uma música de ninar, num mini-ritual para mostrar que está na hora do soninho diurno.
  • ponha o bebê para dormir quando ele estiver cansado. Um erro que muitos pais cometem é esperar demais para colocar o filho para dormir. Geralmente há um intervalo de tempo, uma "janela", durante o qual a criança vai adormecer fácil. Se você adiar muito, o bebê vai ficar cansado demais e terá mais dificuldade para adormecer. Aprenda a decifrar os sinais. Alguns bebês esfregam os olhos ou as orelhas com a mão; outros ficam irritados ou com o olhar mais parado. Na hora em que seu filho demonstrar o cansaço, ponha-o para dormir imediatamente.
  • tente ensinar o bebê a dormir sozinho. Por volta dos 3 meses, os bebês começam a aprender a se ninar, seja chupando o dedo, apalpando a própria roupinha ou simplesmente deixando-se adormecer. Procure dar ao bebê uma chance de dormir por conta própria, em vez de ficar com ele no colo ou dando mamadeira para que ele durma.

    Uma vez que ele aprenda que não tem problema ficar sozinho, até as sonecas vão ficar mais compridas. E a capacidade de adormecer por conta própria será essencial quando ele estiver maior, depois dos 6 meses, e acordar no meio da noite. Ela permitirá à criança voltar a dormir sem precisar ser ninada ou mamar, e os pais nem perceberão que ela acordou. É preciso muita paciência para ajudar o bebê a desenvolver uma rotina de sono, mas, ao investir nisso logo de início, você auxiliará seu filho a dormir bem nos próximos meses e anos de vida.

Quando posso começar a dar chá para o bebê?

Muitas vovós (ou pessoas de mais idade) ensinam ou incentivam a dar chá para os bebês para evitar ou aliviar cólicas, nervosismos, e até mesmo outros probleminhas que os pequeninos possam ter. Entretanto, após muitos estudos, chegou-se a conclusão de que o leite materno é a melhor opção para o bebê, e antes dos 6 meses o ideal é não dar nada além dele pelos seguintes motivos:

  • o estômago do bebê é muito pequeno. Se você der o chá no lugar de uma das mamadas, estará enchendo a barriguinha dele de água, com isso, ele vai estar deixando de absorver os inúmeros nutrientes e vitaminas que o leite materno tem e que vão ajudar no desenvolvimento dele.
  • o bebê pode ter alergia aos componentes do chá, mesmo sendo naturais. Crise alérgica num recém-nascido pode ser fatal.
Se você quiser que seu filho beba chá tem um jeito, tome você!! Tudo o que a mãe come ou bebe vai para o leite. Assim, se você tomar chá, o mesmo vai para o leite e o bebê vai acabar tomando, sem deixar de receber todos os nutrientes que ele precisa pelo leite materno.

Tem problema em tomar chá durante a gravidez? 

   Não tem perigo nenhum em tomar chá durante a gravidez, pelo contrário, a bebida quente é acolhedora e tomá-la é um jeito gostoso de se sentir revigorada, seja no meio do dia, seja antes de dormir. De uma maneira em geral os chás são liberados para a gestante. Porém, há as versões contraindicadas na gravidez, como a de canela, por exemplo, que pode provocar constrição sanguínea e contrações dos músculos do útero. Entre as plantas proibidas para gestantes por oferecerem riscos ainda estão; a rosa, a erva-de-bicho, a buchinha do norte e o confrei. Ervas que contém muita cafeína ou aceleram o metabolismo devem ser evitadas. É o caso dos chás preto, verde, branco e mate. Por outro lado, plantas que comprovadamente não fazem mal, não apenas estão liberados como podem ser bastante úteis na gravidez. Os chás de camomila, colônia, erva-doce e valeriana podem ser usados em casos de ansiedade ou de dores leves. A camomila também é indicada contra enjoos e dores estomacais. Lembrando que o obstetra sempre deve ser consultado se houver dúvidas ou se o incômodo for persistente.

Quando poderei começar a dar chá para o bebê?

  Os chás só deveram entrar em cena no momento em que o cardápio se tornar diversificado por ordem médica. Quando o bebê recebe leite materno e outros alimentos tais como frutas, sopinhas ou papinhas, líquidos devem ser oferecidos, principalmente nos períodos de muito calor ou tempo seco, para evitar a desidratação. Porém, não se esqueça que a bebida número 1 dos pequenos deve ser, simplesmente, água pura. Vez ou outra, você pode dar ao seu filho um chá em temperatura ambiente para hidratá-lo. Ofereça-o sem ser adoçado e, servido às colheradas (use uma colher pequena), para evitar que ele tome gosto pela mamadeira e passe a rejeitar o peito. A não adição de açúcar protege contra as cáries e os gases, e impede que a criança fique viciada no sabor doce desde cedo.

  Para os bebês, serve a mesma regra das gestantes, utilizar somente ervas reconhecidamente seguras, que não causam nenhum efeito colateral. Não dê chás feitos com plantas estimulantes ou ricas em cafeína. Chás leves, como os de hortelã, camomila e erva-doce, são as melhores alternativas. Uma boa idéia é cultivar uma hortinha em casa com algumas dessas ervas, e preparar uma infusão mais natural do que a feita com produtos industrializados. Dê preferência a bebida feita na hora do consumo, em vez de armazenar na geladeira. Utilize folhas ao invés de sachês prontos, deixe a erva na água quente (com o fogo já apagado e a chaleira tampada), de 3 a 5 minutos. Coe se for necessário, e deixe esfriar bem antes de dar ao seu filho.

Como apresentar os primeiros alimentos ao bebê?

A partir dos 6 meses, uma grande mudança acontece na vida do pequeno. Além do leite materno, ele passa a saborear papinhas, sopas e frutas. Essa adaptação nem sempre é fácil. Algumas crianças não aceitam a novidade. Para ajudar mãe e filho nessa transição, reunimos dicas preciosas de nutricionistas e pediatras.

  •  até os 6 meses, nada de água, chás e sucos, somente leite do peito. Além de nutrir, imunizar e estreitar laços afetivos, o alimento materno deixa lições que a criança guarda para o resto da vida. Uma das mais importantes delas é a chamada autorregulação. Ao decidir quanto e quando vai mamar, o recém-nascido aprende a lidar com a saciedade, o que reduz e muito o risco de obesidade no futuro. Aliás, um deslize bastante comum nessa fase é associar sempre o choro à fome. Dar o peito toda vez que o pequeno abre o berreiro pode fazer com que ele recorra à comida a cada frustração da vida. Nessa fase, seu filho também já começa a ter contato com os diferentes sabores dos alimentos. Isso acontece porque o gosto do leite muda conforme a dieta da mãe. Portanto, é absolutamente recomendável que a família siga uma alimentação balanceada, fugindo da monotonia.
  • nada de substituir o leite materno pelo leite de vaca integral. Na impossibilidade de amamentar, os pais devem fornecer fórmulas infantis prescritas pelo pediatra. Isso vale especialmente para o primeiro ano de vida. Nada de substituir o leite materno pelo leite de vaca integral, o que pode comprometer o desenvolvimento da criança, deixando sequelas. De acordo com os especialistas, o consumo da bebida láctea de origem animal nessa fase pode levar à sobrecarga renal devido ao excesso de proteína e sódio. Sem contar no baixo fornecimento de ácidos graxos essenciais, ferro, zinco e algumas vitaminas. Em outras palavras, há o risco de problemas cognitivos, anemia, prejuízo ao crescimento, falta de proteção contra infecções e mais vulnerabilidade a doenças crônicas.
  • uma dica importante é jamais usar o liquidificador, que tritura sem piedade qualquer ingrediente. Os pediatras seguem uma receita clássica: a papinha deve ser pastosa, mas não totalmente liquefeita. Em outras palavras, você terá de peneirar, ralar, raspar, espremer ou amassar os alimentos nessa primeira etapa. Não existe restrição em relação às frutas a serem usadas, embora muitos evitem as mais ácidas, preferem a laranja-lima, por exemplo. Seja como for, a principal preocupação é que elas sejam frescas, in natura e, de preferência, da estação. 
  • a primeira papa salgada deve ser oferecida junto com a doce. Se a criança não aceitar bem a novidade, complemente a refeição com o leite materno. Entre os grupos de alimentos que podem ser cozidos, peneirados e amassados, estão as principais categorias: cereais ou tubérculos, leguminosas, carne (vaca e frango) e hortaliças (verduras e legumes). O óleo vegetal deve ser usado em menor quantidade. As sopinhas podem ser preparadas, por exemplo, com batata, cenoura, caldo de músculo, cebola, sal e azeite. Pode-se também incluir outros legumes, folhas e carnes. Fica o recado: é imprescindível usar alimentos frescos e tomar cuidado com o excesso de sal, além de evitar temperos fortes, como a pimenta. 
  • ofereça água e suco no copo. Nessa fase, o bebê também deve começar a tomar água e sucos naturais, sem a adição de açúcar. Procure oferecer, no máximo, 100 mililitros por dia. Sempre no copo para não ameaçar a amamentação com a confusão de bicos. Os sucos, principalmente os de frutas cítricas, devem ser oferecidos após as refeições para melhorar a absorção do ferro, presente, por exemplo, na carne vermelha, no feijão e nas folhas verde-escuras. Jamais substitua os alimentos sólidos por bebidas. Para matar a sede, dê a água e não o suco. 
  • use vários tipos de peneira. Depois que o novo cardápio já entrou na rotina alimentar da criança, suas refeições se resumirão a três mamadas e três papinhas, duas salgadas e uma doce, além dos sucos e da água. Para graduar a consistência das sopinhas, vale a pena investir em diferentes peneiras. A ideia é usar telas com entrançamentos cada vez menos estreitos, permitindo que os alimentos fiquem paulatinamente mais endurecidos.
  • a introdução dos alimentos sólidos pode gerar estranhamento e estresse na criança. Com o tempo, ela deve se render aos prazeres da comida, mas, até lá, tenha bastante paciência. Fuja dos modelos de recompensa e de ameaça. Quer dizer, nada de festa se raspou o prato ou broncas porque cuspiu a comida. O ambiente deve ser o mais tranquilo e aconchegante possível na hora da refeição. O cansaço, a irritação e o nervosismo dos pais interferem no humor do bebê. Adotar horários fixos também é importante, assim o organismo do pequeno vai se acostumando à rotina. 
  • aos 9 meses, separe os alimentos. Do nono mês até o primeiro ano de vida, o bebê deve passar gradativamente para a refeição da família, com ajuste apenas na consistência dos alimentos. Não é preciso lembrar a importância dos hábitos alimentares da casa na dieta dessa criança. Se os pais comem lasanha congelada, sanduíches e pizza vários dias por semana, a criança terá dificuldades para criar uma dieta saudável. O cardápio deve ter alimentos variados, coloridos e frescos. A monotonia é outro risco que deve ser evitado, sob pena de o pequeno se tornar seletivo demais. Uma dica valiosa é separar os alimentos para que ele sinta o gosto de cada um. Se possível, prepare refeições que encham os olhos. Vale, inclusive, optar por pratos infantis, que já vêm com divisórias. Procure também deixar seu filho apreciar o aroma da comida, feita na hora. Tudo isso vai despertar os sentidos dele. Ah, a reunião de toda a família à mesa é mais um fator a favor da alimentação saudável.

Como saber se o leite está sendo suficiente para o bebê?

Nas primeiras semanas, é difícil não se perguntar se o bebê está obtendo todo o leite de que precisa. A dúvida fica maior ainda se ele quer mamar o tempo todo ou se não se acalma depois. Depois do primeiro ou segundo dia de vida, em que o bebê está mais sonolento, é normal ele parecer que está sempre com fome. Isso porque ele provavelmente está sempre com fome, já que o leite materno é digerido bem rápido. A maioria dos recém-nascidos quer mamar entre 8 e 15 vezes ao dia depois do quarto dia de vida, e no fim da primeira semana esse número costuma se estabilizar em entre seis a oito mamadas (ou seja, mais ou menos de três em três ou de quatro em quatro horas). Alguns sinais de que ele está mamando direitinho são:

  • o bebê mama no mínimo de seis a oito vezes por dia nas primeiras três semanas. 
  • as mamas esvaziam e ficam mais macias depois que o bebê suga.
  • após a mamada, ele se mostra relaxado e satisfeito.
  • o número de fraldas molhadas começa a aumentar a partir do quinto dia. Num período de 24 horas, o bebê deve ter molhado entre seis e oito fraldas. A urina do bebê deve ser clara e sem cheiro.
  • você percebe que o bebê engole o leite, quando o observa mamando.
  • o bebê faz cocô amarelo-mostarda ou mais escuro. A partir do quinto dia depois do nascimento, as fezes devem começar a clarear.

Meu bebê acabou de nascer e não tenho leite. E agora? É importante saber que o leite de verdade só começa a ser produzido depois do segundo ou terceiro dia após o parto, independentemente de o bebê ter nascido por cesariana ou parto vaginal. Os bebês nascem com uma reserva de energia, já prevendo essa "demora". Todos os recém-nascidos perdem, nos primeiros três dias, entre 5 e 10 por cento do peso com que nascem. Isso é normal. Na primeira semana, não adianta forçar muito a barra para estabelecer horários para as mamadas. Você e o bebê ainda estarão se acostumando, por isso seja flexível e dê o seio quando ele pedir. Depois que o leite desce, entretanto, o bebê deve começar a engordar. Existem indícios que mostram que talvez ele não esteja recebendo o tanto de leite de que precisa. A desidratação é bem rara nos recém-nascidos, mas é importante conhecer os sinais de que o bebê está mamando bem para alertar o médico se alguma coisa parecer errada. Há motivo de preocupação se:

  • o bebê não começar a repor o peso que perdeu após o parto. Ao fim da primeira semana, ele já deve estar começando a ganhar algum peso (não em relação ao peso com que nasceu, mas em relação ao peso com que saiu da maternidade). 
  • seu seio não parecer ter "esvaziado" depois que ele mama.
  • o bebê ficar letárgico, muito paradinho, na maior parte do tempo, e você tiver dificuldade em acordá-lo para mamar. 
  • o bebê apresentar covinhas ou fizer barulhinhos com a língua enquanto mama. Esses são sinais de que ele não está abocanhando o seio direito (a chamada pega). Tire-o do seio e tente de novo. Se continuar com dificuldade, procure ajuda.
  • o bebê não chegar a molhar seis fraldas num período de 24 horas a partir do quinto dia.
  • a partir de cinco dias depois do parto, o bebê não fizer cocô todos os dias ou só fizer bolinhas pequenas e escuras.
  • a pele e os olhos do bebê forem ficando mais amarelos, em vez de menos, depois da primeira semana. É um sintoma de que a icterícia não está melhorando.
  • o rostinho dele não tiver ficado arredondado quando ele estiver com cerca de 3 semanas.
  • a pele do bebê continuar enrugada depois do fim da primeira semana.

Se o pediatra, ao acompanhar o ganho de peso do bebê, achar que ele não está mamando o suficiente, vocês poderão avaliar se a amamentação está ocorrendo direitinho e se o bebê está pegando o seio corretamente. Você pode procurar a maternidade em que teve o bebê, postos de saúde, bancos de leite ou a ajuda de um profissional de enfermagem ou uma obstetriz para orientá-la melhor sobre a amamentação. Procure deixar a complementação com fórmula como última alternativa, e sempre com a aprovação do pediatra, já que o leite materno traz mais benefícios e proteção do que a fórmula. E lembre-se de que crianças menores que 1 ano não devem tomar leite de vaca.

Como cuidar de um bebê prematuro em casa?

O bebê recebe alta quando está se alimentando bem e ganhando peso. Isso pode acontecer mais ou menos quando chegar ao que seria a 36ª semana de gestação, ou ele pesar pelo menos 1,75 quilo. Se ele tiver nascido antes de 30 semanas, pode ser que só volte para casa na época da data prevista para o parto, ou até mais tarde. É emocionante finalmente levar o bebê para casa, depois de tanta espera. Mas um bebê que tenha passado algum tempo na unidade de tratamento intensivo pode parecer bem frágil, e é normal que os pais fiquem preocupados e temerosos. Sempre que tiver dúvidas, vale a pena procurar a equipe da maternidade ou o pediatra para receber mais orientações e até um treinamento para levar o bebê para casa. A amamentação é a melhor fonte de nutrientes para o bebê. Dê o peito sempre que seu filho quiser, e acorde-o para mamar se ele estiver dormindo há mais de quatro ou cinco horas, durante a noite. O neném vai precisar das mamadas noturnas para recuperar o tempo perdido. É normal que a criança passe algum tempo no peito só olhando para você, ou "treinando" o movimento de sucção. Com isso, ela estimula a produção de leite, e vocês vão poder aproveitar a tranquilidade de estar em casa, e não no ambiente do hospital. A recomendação oficial é que todos os bebês sejam amamentados exclusivamente no peito até os 6 meses, e que depois disso o leite materno seja mantido na alimentação até os 2 anos ou mais. Para prematuros, isso é ainda mais importante, portanto vale a pena um esforço extra para manter o aleitamento pelo máximo de tempo possível. O pediatra poderá orientá-la caso você precise voltar a trabalhar. Alguns bebês podem precisar receber oxigênio ainda em casa. Se for o caso do seu filho, você receberá informações dos profissionais do hospital sobre o equipamento.
        Faça o máximo para não expor o bebê a infecções. Peça aos amigos e parentes que não façam visitas ao bebê se estiverem resfriados, com tosse ou com qualquer tipo de infecção. Se mesmo assim eles vierem, evite que peguem o bebê no colo. Esse cuidado é especialmente importante se a criança não estiver sendo amamentada, já que o leite materno ajuda a proteger o bebê de infecções. A presença de fumaça de cigarro em casa eleva o risco de morte súbita infantil. Bebês de baixo peso ao nascer correm mais risco. Além disso, a fumaça do cigarro aumenta o risco de o bebê ter asma e infecções.

Algumas medidas de segurança:

  • não aqueça o bebê demais na hora de dormir, evitando o excesso de roupas.
  • use mantas e cobertores abaixo da linha da axila, para que o bebê não se enrole neles.
  •  ponha o bebê para dormir de barriga para cima.
  • não deixe seu prematuro pular mamadas durante a noite (siga a orientação do pediatra).
  • não deixe ninguém fumar na sua casa.

   Trazer um recém-nascido para casa já não é fácil, com todas as adaptações ao seu novo papel de mãe e à nova dinâmica doméstica. No caso de um prematuro, a dificuldade aumenta, por isso talvez você precise de ajuda. Não vai sobrar tempo para muita coisa, bebês prematuros levam mais tempo para diferenciar o dia da noite, principalmente se ficaram internados na unidade de terapia intensiva, e precisam mamar com mais frequência. Isso significa que você vai ter de administrar mamadas a toda hora e padrões imprevisíveis de sono, e conciliar tudo isso com as outras tarefas da casa e possivelmente outros filhos (além da sua necessidade biológica de sono!). Você vai precisar de ajuda e de apoio. Com a vida corrida de hoje em dia, as famílias já não contam com tanto apoio de parentes como antigamente. Se você não tiver parentes que morem perto, aceite a ajuda de amigos. Mães de crianças pequenas serão especialmente compreensivas nessa fase. Adote precauções extras na hora de contratar uma babá ou de deixar seu prematuro com alguém, pelo menos enquanto ele for bem pequeno. Sempre que for sair, deixe um número de telefone onde possa ser encontrada e o telefone do médico.

Como cuidar do umbigo do bebê

O cordão umbilical ligava o bebê à placenta dentro do útero, e era o responsável pelo transporte dos nutrientes e do oxigênio necessários à sobrevivência dele. Quando o bebê nasce, o cordão umbilical é cortado, num procedimento indolor, e um pedacinho (o coto) de 2 a 3 centímetros ainda fica ligado à barriga do recém-nascido. Entre 10 e 21 dias depois do nascimento, o coto umbilical vai secar, ficar preto e cair. No lugar dele fica uma pequena ferida, que leva de uma semana a 10 dias para cicatrizar. O dia da queda do umbigo varia muito de criança para criança. Às vezes, o cordão pode demorar até mais do que 21 dias para cair, sem que haja maiores problemas. Em caso de demora, contate o pediatra da criança só para ter certeza de que tudo está correndo como o esperado.
       O coto umbilical tem de ser mantido limpo e seco para evitar infecções. Bactérias que vivem naturalmente em nossa pele podem provocar infecções no coto. Em regiões sem condições de higiene, a contaminação do coto umbilical pode levar ao tétano, uma infecção muito perigosa para recém-nascidos. Os médicos brasileiros costumam orientar as mães a passar um cotonete com álcool a 70% (vendido nas farmácias) no coto, em todas as trocas de fralda, e deixá-lo secar naturalmente. Você pode cobrir o coto com a fralda, quando ele estiver bem sequinho, mas não coloque nenhum tipo de faixa. Lave sempre as mãos antes de cuidar do umbigo. Também lave sempre as mãos antes e depois da troca de fralda. Se o coto ficar sujo de cocô ou xixi, limpe-o bem com água e sabão ou só com água. Como o cocô do bebê é gorduroso, é melhor usar sabonete para eliminá-lo. Depois aplique o álcool.
       É normal que o coto tenha algum tipo de secreção amarelada, até parecida com pus, mas isso não significa que ele esteja infeccionado. A secreção pode ter um leve cheiro desagradável. Também é normal aparecer um pouquinho de sangue na fralda ou na roupinha que tiver ficado em contato com o coto. Se você estiver preocupada com a aparência ou com o cheiro do coto, peça para o médico dar uma olhada.

Procure o médico se:

  • o bebê tiver febre, ficar letárgico (quietinho demais), começar a mamar pouco ou parecer não estar bem.
  • o umbigo e a área em torno dele estiverem inchados ou vermelhos.
  • o coto umbilical ficar inchado ou com mau cheiro muito pronunciado (um pouco de cheiro menos agradável é normal). Depois que o coto cai, demora ainda entre 7 a 10 dias para o umbigo cicatrizar completamente. Pode ser que apareça um pouquinho de sangue na fralda, o que é normal. Continue limpando com o álcool 70%, várias vezes ao dia. Às vezes, o umbigo leva mais tempo para cicatrizar, e pode aparecer uma carne esponjosa no local. Desde que não haja mau cheiro ou sinal de infecção, não há razão para se preocupar, esse tecido logo vai desaparecer. Se o umbigo continuar sangrando, fale com o médico, porque ele pode cauterizar o local com nitrato de prata.
         Quando o umbigo da criança fica saltado, é provável que se trate de uma hérnia umbilical. As hérnias umbilicais são muito comuns e podem afetar até 20% dos bebês. Normalmente elas não exigem tratamento e se resolvem sozinhas. Converse com o pediatra do bebê. Ele vai acompanhar a hérnia nas consultas até depois do primeiro aniversário da criança, para aí sim decidir se é necessário algum tratamento ou não. Nunca coloque nada sobre o umbigo do bebê para "deixá-lo para dentro".

Algumas receitinhas fáceis e práticas de papinhas salgada para bebês

Papa de caldo de carne com cenoura e chuchu
  • 100 gramas de carne (um bife pequeno de carne magra, como coxão duro ou músculo) 
  • 1 cenoura 
  • 1 chuchu 
  • água filtrada 
Modo de preparo:
corte a carne em cubinhos e refogue em uma panela com um pouco de óleo vegetal. Acrescente uma pitada de sal e, quando a carne pegar uma corzinha, coloque a cenoura e o chuchu descascados e cortados em pedaços pequenos. Cubra com água filtrada e cozinhe, com tampa, em fogo baixo até que os legumes estejam moles (aperte com um garfo). Separe a carne. Amasse os legumes com um garfo ou passe-os na peneira. Sirva com uma colher, só tomando cuidado para que não esteja quente demais. 
Rende de 2 a 3 porções.


Papa de caldo de carne com abóbora, mandioquinha (ou batata) e cenoura 
  • 100 gramas de carne bovina magra, como coxão duro ou músculo 
  • 1 fatia de abóbora 
  • 1 mandioquinha 
  • 1 cenoura 
  • água filtrada 
Modo de preparo:
corte a carne em pedaços e refogue em uma panela com um pouco de óleo vegetal. Quando começar a ficar corada, acrescente a abóbora, a mandioquinha e a cenoura descascadas e grosseiramente cortadas e uma pitada de sal, se desejar. Cubra tudo com água filtrada, tampe a panela e cozinhe em fogo baixo até que os legumes estejam moles (a abóbora pode levar mais tempo que a cenoura). Separe a carne e amasse o resto com um garfo ou passe pela peneira. 
Rende de 2 a 3 porções.


Papa de caldo de carne com batata-doce e beterraba
  • 100 gramas de carne bovina magra, como coxão duro ou músculo 
  • 1 batata-doce pequena 
  • meia beterraba 
  • água filtrada 
Modo de preparo:
corte a carne em pedaços e refogue, até começar a pegar cor, em uma panela com óleo vegetal. Acrescente a batata-doce e a beterraba descascadas e cortadas, assim como uma pitada de sal. Adicione a água até cobrir tudo. Tampe e deixe cozinhar até que tudo esteja mole. Retire a carne e amasse a mistura que ficou com um garfo ou passe por uma peneira. 
Rende de 2 a 3 porções.


Papa de caldo de frango com mandioquinha e beterraba 
  • 100 gramas de peito ou coxa de frango (1 filé ou 1 coxa) 
  • 1 mandioquinha 
  • meia beterraba 
  • água filtrada 
Modo de preparo:
corte o frango em pedaços pequenos e refogue em uma panela com um fundo de óleo vegetal. Coloque uma pitada de sal e, quando o frango começar a ficar esbranquiçado, junte a mandioquinha e a beterraba descascadas e cortadas. Cubra com água e deixe a sopa cozinhar, com a panela tampada e o fogo baixo, até que os legumes estejam moles. Separe o frango e amasse o resto com um garfo ou passando por uma peneira. 
Rende de 2 a 3 porções.


 Papa de caldo de frango com abobrinha, batata e cenoura 
  • 100 gramas de peito ou coxa de frango 
  • 1 abobrinha 
  • 1 cenoura 
  • 1 batata 
  • água filtrada 
Modo de preparo:
com o frango cortado em cubos, aqueça óleo vegetal em uma panela e refogue até que mude de cor. Acrescente então a abobrinha, a batata e a cenoura descascadas e cortadas e uma pitada de sal, se quiser. Cubra tudo com a água e cozinhe lentamente até os legumes amolecerem. Retire o frango e amasse a mistura restante com um garfo ou passe na peneira. 
Rende de 2 a 3 porções.


Papa de caldo de frango com batata-doce e chuchu 
  • 100 gramas de peito ou coxa de frango 
  • 1 batata-doce 
  • 1 chuchu 
  • água filtrada 
Modo de preparo:
corte o frango em pedaços e refogue no óleo vegetal até que esteja esbranquiçado. Junte a batata-doce e o chuchu descascados e cortados e uma pitada de sal, se desejar. Acrescente a água filtrada até cobrir tudo e deixe cozinhando, em fogo baixo, até que tudo esteja mole. Separe o frango e amasse o resto com um garfo ou passe na peneira.

Rende de 2 a 3 porções.


 Outro jeito de se organizar para fazer as sopas ou papas é cozinhar numa panela grande só do caldo: um pedaço de carne magra ou um peito de frango, água filtrada, uma pitada de sal, se quiser um pouco de cebola. Cozinhe tudo em panela tampada ou panela de pressão. Aí você congela o caldo em recipientes pequenos e no dia-a-dia cozinha os outros ingredientes das receitas acima direto no caldo. Depois de uma ou duas semanas com essas sopinhas bem básicas, os passos seguintes, que variam conforme o pediatra, serão acrescentar a elas caldo de leguminosas (como feijão, lentilha, grão-de-bico) e verduras (como brócolis, couve, espinafre, escarola), além de passar a incorporar a carne ou frango junto do caldo.

Hábitos para dormir de 2 a 3 anos

Entre os 2 e os 3 anos de idade, as crianças precisam em média de 11 horas de sono à noite mais uma soneca durante o dia, de entre uma hora e meia e duas horas. Os especialistas recomendam que a criança vá para a cama em algum horário entre as 19h e as 21h, o que deve fazer com que ela acorde entre 6h30 e 8h na manhã seguinte. A diferença do sono de crianças desta idade em relação ao dos adultos é que o sono delas permanece por mais tempo na fase em que é mais leve, pelo menos até os 4 anos. Por isso, seu filho acorda mais vezes do que você. Assim, é importantíssimo que aprenda a adormecer sozinho, sem a sua ajuda, porque senão ele terá de chamar pelos pais todas as vezes em que despertar no meio da noite.
  Agora que seu filho já está maiorzinho, você pode experimentar algumas estratégias novas para garantir uma boa noite de sono para todo mundo na família. Promova-o para a cama e elogie muito quando ele ficar lá. É nesta idade que as crianças costumam passar para uma cama maior, porque já não cabem mais direito no berço. A chegada de um irmãozinho também pode ser o motivo da mudança. Se você estiver grávida, faça a transferência pelo menos dois meses antes de o novo bebê nascer, aconselham os especialistas. Assim a criança tem tempo de se adaptar à nova cama e se desapegar do berço, antes de o nenê tomar conta dele. Existe a possibilidade de não dar nada certo e seu filho não se adaptar à mudança, aí você pode optar por esperar para fazer a transição quando o bebê estiver com 3 ou 4 meses. Enquanto isso, o neném pode dormir num moisés, e seu filho mais velho terá mais tempo para se acostumar à presença do irmão. Mas há outros motivos para abandonar o berço, mesmo sem haver irmãozinho à vista. Pode ser que seu filho esteja tentando pular as grades, ou que já tenha largado a fralda e precise poder levantar para ir ao banheiro. O importante é que, quando a criança estiver se acostumando à nova cama, você elogie muito quando ela ficar quietinha lá, seja na hora de dormir ou durante a noite. Caso ela se levante, diga que é hora de dormir e a leve de volta. Leia a seguir o que fazer nesses casos:

  • antecipe os pedidos e os inclua na rotina da hora de dormir. É bem comum que crianças comecem a enrolar os pais na hora de ir para a cama pedindo "só mais uma história", "só mais uma música", "só mais um beijo". Tente se antecipar e já imaginar o que seu filho vai pedir, e inclua os pedidos na rotina que vocês seguem todo dia. Veja aqui idéias de rituais para esses momentos. Você pode até permitir que seu filho faça um pedido extra, mas só um.
  • prometa um beijo a mais dali a uns minutos. Na hora de sair do quarto, você pode prometer que vai voltar dali a cinco minutos para dar um último beijo. Se tudo der certo, seu filho já vai estar embalado no sono quando você voltar.

Se seu filho começar a se levantar a toda hora quando passar do berço para a cama, tenha calma. Avise-o de que é hora de dormir e coloque-o na cama de novo. Pode ser que você tenha de fazer isso muitas e muitas vezes no começo, mas depois a ficha vai cair. O outro problema típico é a enrolação na hora de dormir. A criança faz de tudo para ganhar alguns minutinhos a mais com os pais. Praticamente não existe nenhuma criança desta idade que vá para a cama feliz e contente porque chegou a hora de dormir. Conforme-se e arme-se das melhores estratégias. Outras novidades desta fase podem atrapalhar o sono do seu filho. Começam a surgir os medos, do escuro, de monstros, de perder você. A criança já pode ter pesadelos. Caso isso aconteça, vá acalmá-la na hora. Se ela acorda gritando, mas você não conseguir tranquilizá-la de jeito nenhum, podem ser os terrores noturnos. A maioria dos especialistas afirma que, quando você percebe que a criança está mesmo apavorada, não há problema em deixá-la ir para sua cama, desde que seja só de vez em quando.

Seu filho não dorme sozinho de jeito nenhum? Toda vez que acorda no meio da noite chama você?

O melhor a fazer é ensiná-lo a adormecer por si só. Não há certo e errado nesse assunto. Cada família é de um jeito. Há diversas "teses" de como ensinar a criança a dormir. A maioria delas baseia-se no mesmo princípio, seguir sempre a mesma rotina, para que ela saiba o que esperar e se prepare para dormir, e ser firme. A vantagem desta idade é que já dá para conversar com a criança. Você pode dar a ela algum boneco ou bichinho de brinquedo, que lhe faça companhia e proteja de eventuais medos. A transição do berço para a cama também pode ajudar no processo, talvez seu filho fique todo orgulhoso de ter uma cama nova e se conforme mais em ficar nela. Boa parte das técnicas ensina a colocar sempre a criança de volta na cama, sem conversar muito. Repita que é hora de dormir, leve-a de volta para a cama e saia do quarto.
Se seu filho só dorme se você estiver junto, você pode ir aumentando a distância todo dia um pouquinho, até chegar à porta. Depois, comece a sair do quarto por alguns minutos, sempre voltando quando ele chamar (mas sem conversar). Você pode tentar aplicar a estratégia de "deixar chorar", agora que a criança não está mais no berço, a coisa se complica, porque é preciso pôr um portãozinho no quarto ou até fechar a porta. Para dar certo, a criança precisa entender que, por mais que ela berre, grite, chore, faça cocô ou até vomite, é hora de dormir, não tem jeito, e ela vai ter de voltar para a cama. Se ele vomitar ou fizer cocô, troque a fralda, limpe tudo, dê banho, se necessário, mas sem conversar muito e sempre deixando claro que depois ela vai direto para a cama. Alguns autores recomendam que se volte ao quarto periodicamente. Já outros pais acham que, voltando ao quarto, a situação só piora, e que é melhor deixar chorar por um tempo maior, até a criança adormecer. Apesar de ser um método que dá muita dor no coração, ele pode funcionar em poucos dias. Há pessoas, porém, que não aguentam ver o filho chorando, ou que percebem que a criança está verdadeiramente apavorada, e preferem mudar de estratégia. Lembre-se: não há um jeito certo e um jeito errado. Mas saber adormecer por conta própria é uma conquista que só vai facilitar a vida do seu filho.

Hábitos para dormir de 1 ano e meio a 2 anos

A esta altura, seu filho deve estar dormindo entre 11 e 12 horas por noite, mais uma soneca de entre uma hora e meia e três horas durante o dia (normalmente após o almoço). Há crianças que ainda dormem duas vezes durante o dia até fazerem 2 anos. Se seu filho é uma delas, não tente mudá-lo.
    Nesta idade, as melhores coisas que você pode fazer para ajudar seu filho a dormir bem são:

  • acabe com os vícios e ensine-o a pegar no sono sozinho. Agora, seu filho já tem toda capacidade para adormecer sem precisar mamar, ficar no colo ou ser ninado. E até sem você no quarto com ele. Por quê? Os especialistas dão o seguinte exemplo: você vai dormir com a cabeça no travesseiro. De repente acorda no meio da noite e seu travesseiro sumiu. Você se preocupa com o desaparecimento e fica procurando o travesseiro, o que acaba fazendo com que você desperte mais ainda. É a mesma coisa se seu filho só dormir ouvindo música ou história, mamando ou no colo, ou ainda com você do lado. Se ele acordar, vai querer saber o que aconteceu e procurar o que está faltando, e só vai despertar ainda mais. Para evitar isso, o jeito é levá-lo para o berço sonolento, mas ainda acordado.
  • dê opções na hora de dormir. Seu filho está testando os limites da independência que acaba de descobrir, e quer controlar o mundo que o cerca. Para dar a ele a sensação de que tem poder de decisão, deixe-o escolher o que quer, desde que seja uma opção pré-aprovada por você. O segredo está no jeito de fazer a pergunta, em vez de "Que pijama você quer vestir hoje?", pergunte "Você quer pôr o pijama azul ou o amarelo?" (porque você já escolheu duas opções adequadas ao clima daquela noite).

    Os dois problemas mais comuns de crianças desta idade são a dificuldade para adormecer e a quantidade de vezes que elas acordam durante à noite. E há outros problemas, bem específicos dessa fase: um é quando a criança começa a arrancar a fralda no meio da noite. O outro é quando algumas crianças começam a querer pular do berço, o que pode representar perigo de machucados. A questão é que nem sempre o fato de conseguir escapar do berço significa que a criança está pronta para passar para a cama. Caso você ache que ainda não é hora de fazer a transição, siga as dicas da especialista Jodi Mindell, autora do livro "Sleeping through de night" (Dormindo a noite inteira):

  • baixe o estrado ao máximo. Deixe o estrado e o colchão do berço na posição mais baixa possível, para dificultar as fugas. É uma solução temporária, no entanto, porque crianças desta idade crescem rápido. 
  • esvazie o berço. Tire do berço travesseiros, protetores, bichinhos de pelúcia, qualquer coisa que possa servir de "escada" para a criança subir na grade e escapar. 
  • mostre que a fuga não compensa. Se seu filho escapar do berço sem se machucar (muitos conseguem!), procure não recompensá-lo, achando graça ou deixando que ele vá para a sua cama. Com um tom de voz neutro, diga a ele com firmeza que não é para pular do berço, e coloque-o de volta. 
  • ensine-o a pedir para sair. Explique para seu filho que só você pode tirá-lo do berço, e que, se estiver na hora certa, você vai tirá-lo quando ele pedir. Pode ser que ele ainda não saiba falar, mas não é difícil combinar um sinal ou um jeito de ele comunicar que quer descer. Se for hora de dormir, simplesmente explique que não é hora de sair do berço. 
  • elimine os maiores perigos. Se você não conseguir evitar que seu filho pule a grade do berço, pelo menos tente evitar acidentes. Coloque almofadas ou um edredom grosso no chão em volta do berço, afaste móveis com quinas de perto, deixe uma luzinha acesa. Mas nesse caso talvez o melhor seja pensar em passá-lo para uma cama.
 Em alguns países existe um produto que é uma espécie de cabana de tela que cobre o berço, impedindo a criança de escapar. Não é um produto facilmente encontrável em lojas brasileiras, mas, se seu caso for desesperador e você for viajar para o exterior, ou conhecer alguém que vá, pode pensar na possibilidade. Faça uma busca na internet por "crib tents".

Hábitos para dormir de 12 a 18 meses

Seu filho já não é aquele bebezinho tão pequeno, mas ainda precisa dormir bastante. Até fazer 2 anos, o ideal é que as crianças durmam cerca de 14 horas por dia, sendo 11 delas durante à noite, mais ou menos. Com 1 ano exato, seu filho ainda precisa de duas sonecas diurnas, mas, à medida que se aproximar do marco de 1 ano e meio, ele vai começar a ficar pronto para dormir só uma vez durante o dia. O mais comum é que essa soneca aconteça depois do almoço, e dure entre uma hora e meia e três horas. O soninho do dia costuma permanecer até a criança ter 4 ou 5 anos. A transição de duas sonecas diurnas para uma só pode ser difícil. No começo, você pode alternar, dependendo do quanto a criança tiver dormido à noite. Outra alternativa é colocar seu filho na cama mais cedo nos dias em que só tiver dormido uma vez de dia. Só tome cuidado para que o fim da soneca seja pelo menos três horas antes do horário de ir para a cama à noite.
  Não há muita coisa de diferente que você possa fazer para ajudar seu filho a dormir bem nesta fase, em relação às estratégias indicadas para quando ele tinha menos de 1 ano. As novidades vão começar a aparecer daqui a pouco, depois que ele fizer 1 ano e meio. O melhor a fazer agora é continuar com as táticas de sempre, como:

  • siga o mesmo ritual na hora de dormir. Se você fizer tudo igual toda noite, antes de botar seu filho na cama, ele vai saber que está chegando a hora de dormir e se sentirá mais seguro e mais calmo. Não precisa ser nada complicado: vestir o pijama, tomar leite, escovar os dentes, contar uma história.
  • mantenha uma rotina mais ou menos fixa de dia. Pelo mesmo motivo, é bom tentar manter os mesmos horários para as principais coisas do dia, em especial as sonecas diurnas e a hora de ir para a cama.
  • procure manter pelo menos as refeições em horários regulares todos os dias, mesmo nos fins de semana. Dessa forma, o organismo do seu filho se acostuma, e ele sabe o que esperar. Se desregular um dia só, não há problema. Mas várias mudanças seguidas acabam bagunçando o sono dele.
  • ensine seu filho a pegar no sono sozinho. Este ponto é essencial para uma boa noite de sono, não só dele, mas da família toda. Se ele depender da sua companhia, da mamadeira, das canções de ninar ou de qualquer outra estratégia para adormecer, sempre vai precisar de ajuda, não só na hora de ir para a cama, mas quando acordar no meio da noite. 

 Nesta idade, é possível que seu filho tenha dificuldade para pegar no sono, ou então acorde diversas vezes durante a noite. O motivo para os dois problemas é o mesmo: ele está se desenvolvendo a uma velocidade incrível. A criança fica tão encantada com suas novas habilidades, principalmente com a capacidade de andar, que quer treinar a todo momento, mesmo na hora de dormir. Se a briga é na hora de ir para a cama, o conselho dos especialistas é deixar a criança um pouco sozinha no berço para ver se ela se acalma. Talvez você possa pensar em usar uma estratégia do tipo "deixar chorar" por alguns minutinhos. Quando seu filho acordar no meio da noite e chorar, não há problema em ir até o quarto dele para acalmá-lo, mas, se ele quiser brincar, lembre-o de que a noite é feita para dormir, e mantenha-se firme.